31 de dez. de 2009

Outra visão


Dando continuidade a nossa conversa sobre a diferença entre empresário e empreendedor, se é que ela existe, lembro que para Norberto Odebrecht, ser empresário é algo maior e mais complexo do que ser empreendedor.
No artigo assinado por Antonio Carlos Gomes da Costa, o mesmo destaca que “a palavra empreendedor designa sempre pessoas dotadas de um perfil que as torna capazes de, no mundo empresarial ou em outras esferas da atividade humana, se distinguirem pela capacidade de transformar visões em realidade. Na literatura sobre o tema, um elenco de virtudes aparece sempre associado aos seres humanos que se distinguem por sua capacidade de empreendedorismo: visão positiva do futuro (otimismo), coragem para correr riscos calculados, capacidade de analisar contextos e identificar oportunidades, proatividade, constância de propósito na perseguição de seus objetivos (persistência), criatividade, disposição de aprender com as situações adversas, dedicação, realismo, discernimento, capacidade de avaliar a si mesmo e aos outros, assertividade, paixão pelo que fazem, compromisso com a qualidade, disposição para inovar, liderança e foco. Como se vê, as características de um empreendedor são, sem dúvida nenhuma, as mesmas requeridas para alguém ser um bom empresário. Nesse sentido, é lícito afirmar que todo empresário é um empreendedor, mas nem todo empreendedor é um empresário. A questão crucial, aqui, é definir claramente o que distingue um empreendimento de uma empresa.”.

30 de dez. de 2009

Empresário ou Empreendedor


Victor Rodrigues em seu artigo sobre o tema nos apresenta o seguinte questionamento: O que isso significa? Empresário e empreendedor não são a mesma coisa?
Não, não são. Muitas pessoas confundem e, até no curso on-line do SEBRAE que fiz eles confundiam um pouco o conceito de empresário e empreendedor, mas, por incrível que pareça, é muito simples a diferença.
Empresário é aquela pessoa que trabalha em empresa e isso não é novidade para ninguém. A novidade é que empreendedor não necessariamente trabalha em empresas.
Empreendedora é a pessoa que tem espírito inovador, que aceita correr riscos (calculados previamente, deixe-se claro), que não “segue carreira”. Vem dos empreendedores idéias novas, algumas vezes tão simples que as pessoas pensam “puxa, porque não fiz isso antes?”.
Então, voltando a frase, todo empresário deve ser empreendedor, porque, assim, sua empresa terá produtos inovadores, atendimento diferenciado ou qualquer outra coisa que inove, e assim terá uma maior chance de a empresa sobreviver por muito tempo.
Mas por que nem todo empreendedor deve ser empresário?
Também é simples a resposta: pessoas inovadoras existem apenas em empresas? Não! Elas estão em todos os lugares…
Então o termo “empreendedor” se dividiu em duas partes: Empreendedor Econômico é aquele que trabalha em empresas, tentando achar formas criativas e úteis de se conduzir uma empresa, é o “empresário que é empreendedor”; e Empreendedor Social é aquele que busca maneiras inovadoras para melhorar a sociedade em que vive. É por isto que “todo empresário deve ser empreendedor, mas nem todo empreendedor deve ser empresário”.
Indico, ainda, para leitura o texto de Andréa Pereira, no qual ela destaca que "as boas idéias de nada vão valer, se o mercado não absorvê-las. Em algumas circunstâncias o que é bom para o empresário/empreendedor não é atrativo para o cliente final. Não pode existir unilateralidade, se não existir um equilíbrio dificilmente uma empresa conseguirá sobreviver num mercado competitivo, onde quem foge dos desejos do cliente está fora.".

29 de dez. de 2009

Uma definição de empreendedor


Para iniciarmos nossa conversa sobre empreendedorismos indico a leitura do texto de Adriane Pombo O que é ser empreendedor, no qual ela destaca a definição de empreendedor como sendo “aquele capaz de deixar os integrantes da empresa surpreendidos, sempre pronto para trazer e gerir novas idéias, produtos, ou mudar tudo o que já existe. É um otimista que vive no futuro, transformando crises em oportunidades e exercendo influência nas pessoas para guiá-las em direção às suas idéias. É aquele que cria algo novo ou inova o que já existe e está sempre pesquisando. É o que busca novos negócios e oportunidades com a preocupação na melhoria dos produtos e serviços. Suas ações baseiam-se nas necessidades do mercado.”; além de apresentar alguns questionamento sobre o tema.

28 de dez. de 2009

Clube de Trocas


Concluindo nossa conversa sobre Econcomia Solidária iremos tratar do Clube de Trocas. Que é  um empreendimento de Economia Solidária no qual as pessoas e grupos produtivos se reúnem para trocar produtos, serviços ou saberes entre si, por meio da moeda social, uma moeda gerida democraticamente pelo grupo. Sendo um espaço no qual ocorre compra e venda, portanto comercialização e consumo. Estas são realizadas, não de acordo com as regras pré-definidas pelo mercado, mas com as regras acordadas coletivamente pelos participantes do clube, que ocupam o espaço e o transformam de acordo com suas relações de grupo.
Recomendamos a leitura do texto Incubando um Clube de Trocas: Proposta de Desenvolvimento Local, bem como, a indicação de vídeos sobre o tema: Clubes de Trocas "Fonte de Água Viva" e "Estrela da Manhã"; Clube de Trocas "rompendo o silêncio, construindo outra história" - Parte 1 e Parte 2; e Clube de Trocas do Jardim Ângela  - Parte 1 e Parte 2.
No blog da 1ª Feira de Troca Solidária de Valinhos você terá acesso a trecho de uma Cartilha sobre o tema Clube de Trocas.
Bons estudos!

27 de dez. de 2009

Novo paradigma


Para iniciar nossa conversa recomendo a leitura do texto de Edson Ronaldo Nascimento sobre Princípios da Economia Solidária, no qual apresenta um novo paradigma de crescimento econômico que é a inclusão social.
Destaco, ainda, que fazem parte da economia solidária os seguintes temas: cooperativas, associações, redes de cooperação, produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, comércio justo, consumo solidário.
Amanhã encerro nosso conversa sobre economia solidária obordando o tema Clubes de Troca.

26 de dez. de 2009

Paul Singer


Você poderá encontrar no Blog do Luis Nassif uma postagem sobre o titulo A economia solidária de Paul Singer, escrito por Mario Abramo, o qual nos lembra que a Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem. Encontrará muito mais informações sobre econcomia solidária, inclusive nos comentários apresentam-se vários links para trabalhos já realizados
Boa leitura!

25 de dez. de 2009

Valorização da diversidade


A diversidade é uma meta a ser buscada e praticada coletivamente por cidadãos, instituições, governos e comunidades, como uma responsabilidade social compartilhada. As empresas, como partícipes desse processo, devem assumir tarefas específicas de valorização da diversidade, relacionadas aos papéis que desempenham na vida das coletividades.

Para tanto, as organizações têm investido em ações de atração, manutenção e incentivo a uma mão-de-obra cada vez mais diversificada. Tradicionalmente, essas ações estavam voltadas quase apenas para as questões de raça e gênero. Hoje, as empresas vêm ampliando sua definição de diversidade, passando a considerar questões como condição socioeconômica dos empregados, estilo de trabalho, idade, ascendência, nacionalidade, estado civil, orientação sexual, deficiência física, sensorial ou intelectual e condições de saúde, entre outras diferenças.
Segundo o Instituto Ethos incrementar a diversidade é promover a igualdade de chances para que todos possam desenvolver seus potenciais.
Fonte: Artigo de Melissa Santos Bahia.

24 de dez. de 2009

Conceitos de ES


Trazemos abaixo dois conceitos sobre Economia Solidária com a finalidade de contribuir para análise deste tema e de suas características.
De acordo com o Glossário sobre Responsabilidade Socioambiental do Banco Itaú, Economia Social (ou solidária) é a diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, empresas autogestionárias, redes de cooperação, complexos cooperativos, entre outros, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.
E de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a Economia Solidária compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais nas quais o processo produtivo é organizado pelos trabalhadores com as seguintes características: são gestores da produção e das relações de trabalho; participam do processo decisório; o processo produtivo é caracterizado pela solidariedade e pela cooperação, e podem se constituir em formas de cooperativismo e associativismo.

23 de dez. de 2009

Formação ética e moral


Para encerrarmos o tema sobre Inclusão Social, transcrevo a seguir o conceito presente no programa Ética e Cidadania: Construindo valores na escola e na sociedade: “A inclusão, abrangendo conceitos como respeito mútuo, compreensão, apoio, eqüidade e autorização, não é uma tendência, um processo ou um conjunto de procedimentos educacionais passageiros a serem implementados. Ao contrário, a inclusão é um valor social que, se considerado desejável, torna-se um desafio no sentido de determinar modos de conduzir nosso processo educacional para promovê-la.“.

Trata-se de um programa de desenvolvimento profissional continuado desenvolvido por meio de projetos pelos quais a comunidade escolar pode iniciar, retomar ou aprofundar ações educativas que levem à formação ética e moral de todos os membros que atuam nas instituições escolares.
Boa leitura!

22 de dez. de 2009

Estudo de caso


No 47º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, realizado em Julho de 2009, Luciano Pereira e Maria Oliveira, apresentaram artigo sobre Economia solidária e inclusão social: um estudo de caso da COOPAGRAN em Nova Olinda-CE, o qual destaca que: “A crise do desemprego ocorrida na década de 1990 e a crise de atuação em que se encontrava o Estado fizeram surgir novos paradigmas desenvolvimentistas. Com isso, a sociedade civil surge como novo ator a participar desse processo de forma efetiva nas decisões sociais, atuando em parceria com o estado e as entidades do mercado. Ressalta-se nesse contexto a economia solidária, onde o agir coletivo se coloca como alternativa para os atores sociais que estão excluídos do mercado de trabalho e da sociedade.”.
Sendo que em seu artigo tiveram por objetivo investigar a potencialidade de um projeto social proposto pela economia solidária, para analisar o impacto da cooperativa na inclusão social de seus cooperados.

21 de dez. de 2009

Instrumento para Inclusão Social


O conjunto da literatura nacional e internacional passou a demonstrar um maior interesse pelo estudo e aprofundamento do fenômeno exclusão social a partir dos anos 80 do século XX. No entanto, ele não deve ser considerado nenhum fenômeno contemporâneo, pois sua existência remonta a diferentes tempos da história da civilização. Em realidade, a exclusão social abrange diferentes expressões e define-se a partir da situação e do momento político, econômico e social de cada local ou região onde ocorra.
Em paralelo à existência de exclusão social, têm-se os movimentos da atividade produtiva que, para evoluir, necessita de um conjunto de ajustes e de mudanças científicas e tecnológicas que, muitas vezes, são responsáveis pelo aumento do contingente de excluídos sociais. Paralelamente, também respeitando um processo histórico, vem sendo formulado e implantado um conjunto de alternativas que buscam dar oportunidade de inserção aos excluídos do processo de produção e reprodução capitalista vigente.

O texto de Carlos Nelson dos Reis sobre “Economia Solidária: Um instrumento para Inclusão Social?” tem por objetivo: primeiro, pontuar aspectos teóricos para a compreensão do significado de exclusão social; segundo, desenvolver o significado de economia solidária e o seu papel como alternativa de inclusão social e, por último algumas considerações finais.
Boa leitura!

20 de dez. de 2009

Inclusão social


De acordo com a Wikipédia, a enciclopédia livre, Inclusão social é um conjunto de meios e ações que combatem a exclusão aos benefícios da vida em sociedade, provocada pela diferença de classe social, origem geográfica, educação, idade, existência de deficiência ou preconceitos raciais.
Recomendamos a leitura do artigo "Exclusão social - dignidade humana como fator de inclusão", escrito por  Francisca Narjana de Almeida Brasil, do qual destacamos o seguinte: "A implementação de políticas públicas de inclusão não pode fechar os olhos para a marginalização do ser humano, enquanto mundo social a parte, nossos mendigos, pedintes, catadores, possuem os mesmos anseios humanos que qualquer um de nossos incluídos, pensam, vêem, ouvem, falam e principalmente sentem, e estão do nosso lado, e é neste sentimento humano que está inserida a dignidade, é nela que devemos implementar as nossas políticas de inclusão real, basta um olhar mais solidário e amplo.".

19 de dez. de 2009

Empresas autogestionárias


Devemos destacar que, de acordo com a Associação Nacional de Trabalhadores e Empresas de Autogestão - ANTEAG, a Autogestão é uma forma de organização coletiva cujo elemento essencial é a democracia. Ela se realiza na comunidade, escola, empresa, etc. Podemos dizer que a autogestão é a radicalização da democracia, no sentido de envolver a participação integral dos membros do grupo, acesso total às informações, conhecimento dos processos e, sobretudo, autonomia e autodeterminação.
Empresas autogestionárias são aquelas empresas administradas pelos próprios trabalhadores, de forma associativa, de acordo com os princípios e diretrizes da economia solidária. Sendo esta uma resposta eficaz a crise de gestão de uma empresa, mas que necessita de mudança de seus participantes com relação ao paradigma empregado/empregador, passando a assumir os ricos do empreendimento.
Recomendamos o acesso ao blog do Movimento Autogestionário, leitura do livro "Direito e AutoGestão - A Solidariedade como Elemento Indutor" e do texto "Inovação Tecnológica em Empreendimentos Autogestionários: Utopia ou Possibilidade?". Todas as informações aqui apresentadas são para sua análise crítica e livre convencimento.
Boa gestão!

18 de dez. de 2009

Ação Pública e Economia Solidária


A economia solidária como conceito em gestação na virada da ultima década sinalizava a necessidade de compreensão de iniciativas que emergiam em países da América Latina e Europa. Hoje, a questão colocada envolve seu entendimento como campo de práticas e especialmente sua relação com os poderes públicos.
Para compreensão deste universo recomendamos a leitura do livro Ação Pública e Economia Solidária – Uma Perspectiva Internacional, o livro oferece uma tripla originalidade.
Em primeiro lugar por reunir contribuições de diferentes atores que lidam com o assunto entre professores/pesquisadores, gestores públicos e participantes dos empreendimentos.
Em segundo lugar, o livro explora um contexto abrangente ao analisar as realidades brasileira e francesa, com destaque para a avaliação de experiências de políticas públicas neste âmbito nos dois países.
Por fim, trata-se de um livro que discute a economia solidária na sua dimensão de ação pública. Uma ação pública da sociedade, que encontra hoje grande confluência com iniciativas partindo do Estado na forma de políticas públicas.

17 de dez. de 2009

Novos valores


Temos que compreender que existem outros valores na vida social os quais não estão ligados as Valores Monetários ($), para tanto é necessário encontrar uma definição mais ampla sobre o que seja renda, pois temos por objetivo a inclusão social e a valorização da dignidade humana.
Devemos destacar que “os projetos de geração de trabalho e renda voltados à inclusão social são aqueles que buscam a superação da pobreza, o desenvolvimento sócio-econômico e o protagonismo dos produtores associados”.
Para que tais objetivos sejam alcançados, os projetos devem necessariamente ter viabilidade econômica e uma gestão competente, bem como contribuir para desenvolver as capacidades produtivas, empreendedoras, gerenciais, políticas, culturais e associativas dos trabalhadores. Sendo que a falta de capital de giro é um dos principais problemas hoje.
Na economia solidária as pessoas se deparam com uma deficiência histórica no acesso à informação e têm dificuldades na gestão do negócio. Para ajudar estás pessoas indico a leitura do Guia de Ações para a Geração de Trabalho e Renda 2009, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome.

Fonte: II Seminário Fundação Banco do Brasil na Geração de Trabalho e Renda.

16 de dez. de 2009

Geração de trabalho e renda


Recomendamos a leitura de artigo de Paul Singer sobre o tema “ECONOMIA: Geração de trabalho e renda”, no qual ele faz um apanhado histórico demonstrando que emprego e trabalho já não são sinônimos, aborda, ainda, a geração capitalista e a geração popular de trabalho e renda, trata, também, da política de geração de trabalho e renda.
Como nos lembra Lisboa: "A solução para o desemprego não seria o emprego, mas o trabalho em suas diversas formas. Aponta-se para a necessidade de romper o elo entre emprego e renda, aqui entendida como direito de acesso de cada pessoa ao fluxo de riquezas que se está produzindo. Não é mais possível fazer depender a renda do cidadão da quantidade de trabalho de que a economia necessita.".
Podemos resumir que trabalho é a promoção da dignidade humano e a renda é o instrumento de valorização e troca.

15 de dez. de 2009

Retomando a ES


Irei retornar a nossa conversa sobre características da Economia Solidária sendo que já abordei o tema nas seguintes postagens do mês de Novembro: Autogestão e ES, Autogestão em Proudhon, Economia Solidária
Economia Solidária: Características. O tema de amanhã será Geração de Renda.
Aproveito para destacar a realização da 1ª Feira de Troca Solidária de Valinhos, que ocorreu no último domingo (13/12), da qual não pude participar em razão de outros compromissos, mas espero estar nas próximas edições.

14 de dez. de 2009

Recomendação de leitura


Recomendamos a leitura dos livros de George Woodcock: História das Ideias Anarquistas - Vol. 1História dos Movimentos Anarquistas - Vol. 2; sendo que estes são um dos livros mais completos e esclarecedores sobre as origens e a história do movimento Anarquista através dos tempos.
Uma obra fundamental para o conhecimento profundo da doutrina Anarquista, desde seu nascimento até sua expressão como movimento, expondo o pensamento de seus principais teóricos como Proudhon, Bakunin, Kropotkin, Godwin, Stirner, Tolstoi e tantos outros.
A partir do momento em que Proudhon bradou que “A propriedade é um roubo!” foram estabelecidos os fundamentos doutrinários para a criação de sistemas antigovernamentais, substituindo o Estado autoritário por um tipo de cooperação não-governamental entre indivíduos livres. “Todo aquele que contesta a autoridade e luta contra ela é Anarquista”, diz Sebastien Faure. A definição é tentadora em sua simplicidade, mas é justamente dessa simplicidade que devemos nos precaver ao escrever uma história do Anarquismo.
Poucas doutrinas ou movimentos foram tão mal-entendidos pela opinião pública e poucos deram tantos motivos para confusão. É por isso que, antes de traçar a evolução histórica do Anarquismo, como teoria e movimento este livro começa com uma definição: o que é o Anarquismo? O que não é? Estas são as questões que devemos examinar em primeiro lugar.
Boa leitura!

13 de dez. de 2009

Compreensão e mudança de paradigma


Encerrando a participação das informações presentes no livro “O que é o anarquismo”, de Caio Túlio Costa, o qual possui muito mais conteúdo do que o apresentado aqui, mas vale destacar o que está escrito na contra capa: “No sentido comum, a anarquia sempre foi sinônimo de caos, bagunça, desordem. Porém, essa idéia está bem distante do sentido da palavra grega anarchos, que define o princípio do não-governo, da não autoridade. Muitas foram as correntes políticas que lutaram em defesa dessa idéia. Narrando a história dessas lutas, na Europa e na América, da vida de seus principais articuladores e da repressão à suas atividades, Caio Túlio Costa nos introduz a um dos mais importantes movimentos políticos internacionais da história contemporânea.”.

Você poderá consultar algumas das vertentes do anarquismo, salientando que elas tem compreensões diferentes quanto aos meios para a abolição dos governos e quanto a forma de organização social. Como nos lembra Leo Cinezi em seu artigo sobre “Sinarquia II” de um modo geral os “anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica, que não seja livremente aceita, defendendo tipos de organizações horizontais e libertarias. Para os anarquistas, Anarquia significa ausência de coerção, e não ausência de ordem. Uma das visões do senso comum sobre o tema e, na verdade, o que se considera "anomia", ou seja, ausência de leis. O anarquismo não se relaciona com a pratica da anomia. Os anarquistas rejeitam essa denominação, e o anarquismo, enquanto teoria política, nada tem a ver com o caos ou a bagunça.”.
Recomendamos a leitura da seleção de textos “Anarquismo e Pedagogia Libertária”, feita pelo Professor Donizete Soares.
Boa compreensão!

12 de dez. de 2009

O indivíduo e sociedade


Como nos lembra George Woodcock os anarquistas empreenderam a busca belo equilíbrio entre uma solidariedade humana e os direitos do indivíduo livre.

E os anarquistas não fizeram mais, até hoje, do que combater o Estado, o governo, a autoridade. Certos, todos hão de convir, jamais se encontrará na história do anarquismo, se olhada desde o ponto de vista oficial, uma vitória duradoura.
O anarquismo, grosso modo, talvez possa significar também comunidades federadas e autônomas. Por isto os anarquistas criticam em primeiro lugar a democracia burguesa que criou e garantiu a existência permanente de uma aristocracia governamental.
Afirmam fundamentalmente, e aqui vai uma conceituação-chave para entendê-los, que a prioridade da luta de classe estaria no campo econômico e não rejeitaram a política mais sim a política burguesa. Tanto é verdade que Kropotkin como outros anarquistas forma até a morte contrários à tomada do poder, à tomada do Estado.
Cada comunidade, cada indivíduo, para os anarquistas, deve determinar sua vida. As minorias têm todo o direito de discordar e fazer diferentemente, o Ser Humano precisa ser livre. Ingenuidade? Talvez. Não há como negar este componente em todas as formulações ácratas (acracia significa, em grego, sem governo; é sinônimo de anarquia)
Mais uma pedra de toque do anarquismo: a ação direta. Isto quer dizer simplesmente aceitar a responsabilidade com todas as conseqüências, sem delegá-la a um terceiro. Fazer o que tem de fazer ele mesmo, nunca como um indivíduo solitário, mas como um participante consciente de uma unidade social.
Fonte: O que é anarquismo, de Caio Túlio Costa.

11 de dez. de 2009

À Tática


Os partidários de Tolstoi, próximos ao que se pode chamar de anarquismo cristão, não admitiam a violência em nenhuma circunstância. O Inglês William Godwin esperava determinar mudanças mediante discussões. Proudhon e seus partidários propugnavam a mudança social através da proliferação das organizações cooperativas. Kropotkin aceitava a violência, mas a contragosto e somente porque a considerava inevitável na revolução e esta por sua vez inevitável na etapa do progresso humano. Bakunin em vários momentos teve dúvidas, mas combateu em barricadas e exaltou o caráter sanguinário da insurreição camponesa. Contrito, chegou a dizer que as revoluções cruéis são necessárias, única e exclusivamente por causa da estupidez humana; mas a crueldade seria sempre um mal, um mal monstruoso e um grande desastre. (O que é anarquismo, de Caio Túlio Costa)
Existe um texto curto sobre O Anarquismo Histório, de Maérlio Machado de Oliveira.
Boa leitura!

10 de dez. de 2009

Diversidade


Como nos lembra Caio Túlio, na sua introdução de seu livro, que a intenção é “dar conta de uma maneira bem geral do que seja o anarquismo, ou melhor, os anarquismos; uma vez que existem inúmeras correntes distintas que formam o que se convencionou chamar de movimento libertário.” (sinônimo de anarquismo).

A palavra anarchos, em grego, pode ser usada para definir desordem na falta de um governo, ou quando não existe a necessidade dele. Portanto, anarquia etimologicamente quer dizer sem governo, sem autoridade, sem superiores. Somente. O que podemos traduzir por Autogestão, qualidade hoje desejada para os profissionais das diversas áreas do conhecimento.
Lembre-se que o uso da palavra anarquismo foi utilizada de forma pejorativa como forma de injuria, durante a Revolução Francesa. Mas coube a Proudhon a recuperação e cunhagem do termo anos depois, usando-o de maneira positiva e aproveitando a ambigüidade da palavra original grega. O que atualmente se sabe dos anarquistas foi plantado seguramente com a aparição, no cenário político, de Bakunin, um russo curioso e instigante.
É de se destacar que os anarquistas sempre estiveram de acordo em relação ao fim último de seus propósitos, divergindo apenas quanto à tática mais convincente para consegui-lo. Na próxima postagem farei um resumo das táticas dos principais pensadores anarquistas.

9 de dez. de 2009

Análise Crítica e Livre Convencimento


Lembro-me muito bem o meu primeiro contato com o anarquismo foi a mais de 20 anos em um curso de Esperanto, quando um dos participantes disse que era anarquista e não iria votar na próxima eleição. Isto me fez pensar!

Passei a partir deste momento a estudar o Anarquismo, sendo que a internet veio a facilitar meus estudos, mas recomendo dois livro muito bons sobre o tema: a) O que é o anarquismo, de Caio Túlio Costa, editora brasiliense; e b) História das ideais e movimentos anarquistas, de George Woodcock, editora L&PM Pocket, volumes 1 (A idéia) e 2 (O movimento).
Sendo que do volume 2 destaco o seguinte: “A Humanidade é uma só, subordinada à mesma condição, e todos os seres humanos são iguais. Porém, todos os seres humanos são diferentes e, no íntimo de seu coração, cada ser é, na realidade, uma ilha. Os anarquistas têm estado especialmente conscientes dessa dualidade entre o ser humano universal e o ser humano particular, e muitas de suas reflexões têm sido devotadas à busca de um equilíbrio entre as reivindicações da solidariedade humana geral e as do indivíduo livre.”.
Destaco que a melhor coisa do Anarquismo é que ele, como ideologia, permite o exercício do livre arbítrio, da análise crítica e do livre convencimento. Por isso faça a sua análise crítica e o livre convencimento.
Bons estudos!

8 de dez. de 2009

Para entender o Anarquismo


Muitas pessoas têm me perguntado sobre o anarquismo, então resolvi postar algumas impressões. Iniciamos recomendando a leitura do texto Para entender o Anarquismo, produzido pelo Coletivo de Estudos Anarquistas Domingos Passos (Niterói, 2002)

Boa compreensão!

7 de dez. de 2009

Declaração de Pobreza


Devo lembrar que acredito no acesso irrestrito a Justiça, bem como, que o cidadão e o profissional devem responder por suas ações ou omissões, mas sempre respeitando o devido processo legal e o principio do contraditório, pois a defesa, também, deve ser ampla e irrestrita.
Em respeito ao que acredito recomendo a leitura de notícia publicada no portal Consultor Jurídico sobre o trancamento de ação penal relacionada a declaração de pobreza, inclusive você poderá ler a decisão.
Boa leitura!

6 de dez. de 2009

2ª CMCid


No dia 05/12 (ontem), teve a continuidade da 2ª Conferência Municipal da Cidade com a apresentação de um vídeo de Mercedes Sosa, para motivar os trabalhos de todos, ocorreu a leitura e votação do Regimento Interno.

Houve a apresentação da palestra “Preservação da Qualidade de Vida de Valinhos na Metropolização da RMC”, ministrada pela arquiteta e urbanista Maria Amélia Devitte Ferreira D’Azevedo Leite. Após uma conversa, com apresentação de vídeos, sobre “Sustentabilidade do Eco e Agroturismo no Município” com Silvio Benatti Filho, guia turístico e Espeleologo.
Na parte da tarde ocorreram os trabalhos nos grupos sobre os eixos temáticos, sendo todas as propostas aprovadas. Foi apresentada uma moção de apelo e houve a eleição dos delegados da cidade para a etapa estadual.
Em todos os momentos a Equipe da Casa dos Conselhos esteve presente, como sempre realizando um bom trabalho, fica meu agradecimento a Maria do Carmo e a Maria Cristina, para que continuem neste pique, pois muitos trabalhos nos esperam. Bem como, devo agradecer aos trabalhos da Glauce e do Diego, sem esquecer a dedicação da Laís Helena, esteve presente o tempo todo.
Grato!

5 de dez. de 2009

Isto é uma equipe


Teve início na noite de ontem (04/12), a 2ª Conferência Municipal das Cidades (Valinhos), com sua abertura oficial, sendo que a equipe da Casa dos Conselhos se fez presente, desta vez comigo, a Maria do Carmo e a Cristina.

Para que tudo dê certo é necessário saber trabalhar em equipe e realizar um trabalho em equipe. E isso nós sabemos fazer! Isto sim é realizar uma jornada do Eu ao Nós, para que isso ocorra é necessário Estar no Presente.
Fica aqui meu agradecimento a Maria do Carmo e a Maria Cristina. O que seria da minha vida sem estas Marias.
Hoje teremos a continuidade de Conferência, na próxima postagem eu conto como foi.
Grato!

4 de dez. de 2009

Conferência das Cidades


A cidade de Valinhos realiza hoje (04/12), quando irá ocorrer a abertura ofícial às 19h30, e amanhã (05/12), serão realizados as palestras e os grupos dos eixos temáticos. A equipe da Casa dos Conselhos irá participar como apoio à 2ª Conferência Municipal das Cidades. A Conferência Municipal realizará seus trabalhos a partir do lema "Cidades para Todos e Todas com Gestão Democrática, Participativa e Controle Social" e o tema "Avanços, Dificuldades e Desafios na Implementação da Política de Desenvolvimento Urbano", com a finalidade de articular e integrar as diferentes políticas urbanas, de maneira transversal. Os municípios elegerão delegados, para a etapa seguinte, Conferência Estadual das Cidades, de acordo com número de sua população.

Esta é a primeira etapa da fase preparatória da 4ª Conferência Nacional das Cidades, é o espaço destinado a congregar entidades representativas de segmentos da sociedade para tratar dos Eixos Temáticos.
Boa conferência!

3 de dez. de 2009

Uma conversa


Na conversa de ontem (02/12), realizada no CRAS São Marcos, sobre "Prevenção ao uso de Álcool e Drogas”, tivemos a presença de mais de 40 pessoas atendidas, além de conselheiras do CMDM, e os presidentes do CMDM, CMS e COMEN.

Iniciei nossa conversa lembrando que o Ser Humano, tanto do gênero masculino como feminino, nasceu para ser feliz e que ele possui algumas áreas de influências, tais como: Família, Religião/Espiritualidade, Escola/Profissão, Grupos de Amigos; sendo que fez a seguinte pergunta em qual deles a pessoa encontra o uso de substância e atitudes que podem causar dependência.
Normalmente, nós seres humanos sentimos dor em razão dos nossos lutos (perdas), e ansiedade (preocupações), apesar de termos nascidos para sermos felizes, acabamos encontrando no uso de substâncias e atitude para aliviar (prazer), as nossas dores.
Justamente neste momento é que pode surgir o uso, abuso e dependência, salientando que até o abuso podemos sim dizer que é uma falta de caráter o uso de substâncias e atitudes, mas em razão da tolerância (necessidade crescente para produzir o mesmo efeito) e a abstinência (necessidade orgânica da substância ou atitude), instala-se a dependência, a qual é sim uma doença e por isso deve ser tratada por pessoas habilitadas.
Lembre do circuito de recompensa de nosso cérebro, o qual é composto pelos neurônios, e é justamente neles que atuam as substâncias e as atitudes para alterar o seu funcionamento, ora retardando ou acelerando o seu funcionamento.
Para aqueles que são dependentes o único caminho é evitar a primeira dose, se não irão encontrar a loucura ou a morte. Mas é importante destacar que a dependência não ocorre de uma hora para outra, sendo que inicia-se com a experimentação, depois o uso ocasional, posteriormente o uso habitual, após o abuso e por fim a dependência. Devemos lembra que estudos demonstram que 4% da população de qualquer cidade é dependentes de alguma substância ou atitude.
Então como prevenir o uso de substâncias e atitudes? É bastante simples você deve se fazer a seguinte pergunta isto que estou fazendo me traz uma sensação agradável, ou ao contrário me causa uma sensação desconfortável, neste momento devo fazer minha escolha pelo agradável.
Para encerrar afirmei que na vida tudo passa, mas para isso é necessário conhecimento e uma atitude de enfrentamento, lembrei a todos que o Destino Esta na Unidade dos Sentimentos, e que gratidão deve ser expressa.
Grato!

2 de dez. de 2009

Presença na Rádio


Acima a foto da minha visita a "Rádio Valinhos FM 105,9 - A voz da nossa gente", no programa Revista da Manhã da companheira Roseli Bernardo. Conversamos sobre o encontro de hoje a tarde (CRAS São Marcos, às 14h00), é aberto ao público. Focamos na questão dos relacionamentos e dos limites.
Lembrando que este encontro faz parte Campanha de Prevenção à Violência Doméstica e Familiar, do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, que termina neste sábado. Após a conversa de hoje farei um breve relato sobre o encontro.
Boa jornada!

Suprema dependência


Somos seres sociais. Assim sendo, o Ser Humano possui uma suprema dependência, a necessidade de relacionar-se com outro Ser Humano.
O mesmo ocorrer com o uso de substância ou atitude, pois o início vem da experimentação e vamos até o uso habitual, até este momento podemos dizer que o indivíduo possui um defeito de caráter, mas quando instala-se a dependência estamos defronte a uma doença.
Por este motivo é que a temática do uso de substâncias ou atitudes é polêmica, pois passa pela visão moral, a qual permanece até o fim. Mas em algum momento teremos que ver além das dores e encontrar o Ser Humano por trás de todo o relacionamento. Assim como na imagem acima um sentimento laçado irá retornar a quem o lançou.
Hoje estarei na Rádio Valinhos, às 9h00, conversando sobre o nosso encontro de tarde (CRAS São Marcos, às 14h00), se quiser você pode ouvir pela internet.
Boa jornada!

1 de dez. de 2009

Quais são os limites


Quando falamos de uso de substâncias ou atitudes devemos lembrar que existem alguns níveis, tais como: a) ocasional, b) habitual, c) abuso, e d) dependência. Da mesma forma existem níveis de tratamento: a) primário (evitar ou retardar o uso), b) secundário (conscientizar para cessar o uso), e c) terciário (enfrentamento e recuperação, em razão dos prejuízos).

É sempre importante lembrar que qualquer jornada tem um início (intenção) e um término (conquista do objetivo), da mesma forma o uso de substâncias e atitudes têm um início (experimentação) e um término (enfrentamento e recuperação).
Somos lembrados que o limite entre o veneno e o remédio é a dose, por isso devemos mostrar aos demais o caminho certo, que conhecemos tarde e casado de tanto vaguear.
Boa jornada!