12 de dez. de 2009

O indivíduo e sociedade


Como nos lembra George Woodcock os anarquistas empreenderam a busca belo equilíbrio entre uma solidariedade humana e os direitos do indivíduo livre.

E os anarquistas não fizeram mais, até hoje, do que combater o Estado, o governo, a autoridade. Certos, todos hão de convir, jamais se encontrará na história do anarquismo, se olhada desde o ponto de vista oficial, uma vitória duradoura.
O anarquismo, grosso modo, talvez possa significar também comunidades federadas e autônomas. Por isto os anarquistas criticam em primeiro lugar a democracia burguesa que criou e garantiu a existência permanente de uma aristocracia governamental.
Afirmam fundamentalmente, e aqui vai uma conceituação-chave para entendê-los, que a prioridade da luta de classe estaria no campo econômico e não rejeitaram a política mais sim a política burguesa. Tanto é verdade que Kropotkin como outros anarquistas forma até a morte contrários à tomada do poder, à tomada do Estado.
Cada comunidade, cada indivíduo, para os anarquistas, deve determinar sua vida. As minorias têm todo o direito de discordar e fazer diferentemente, o Ser Humano precisa ser livre. Ingenuidade? Talvez. Não há como negar este componente em todas as formulações ácratas (acracia significa, em grego, sem governo; é sinônimo de anarquia)
Mais uma pedra de toque do anarquismo: a ação direta. Isto quer dizer simplesmente aceitar a responsabilidade com todas as conseqüências, sem delegá-la a um terceiro. Fazer o que tem de fazer ele mesmo, nunca como um indivíduo solitário, mas como um participante consciente de uma unidade social.
Fonte: O que é anarquismo, de Caio Túlio Costa.

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