31 de mar. de 2012

Programa de Rádio

A partir das 8h15 estarei ao vivo pela Rádio Valinhos 105,9 - A voz da nossa gente (ouvir ao vivo), com o programa Humano,perfeitamente humanos!, com produção e apresentação minha.
Você pode manter contato pelo telefone 3871-1523, ao vivo, ou pelo e-mail hphnet@hotmail.com.

24 de mar. de 2012

Programa na Rádio

A partir das 8h15 estarei ao vivo pela Rádio Valinhos 105,9 - A voz da nossa gente (ouvir ao vivo), com o programa Humano, perfeitamente humanos!, com produção e apresentação minha.
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23 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - XIII

Eleições são um território sujeito à mistificação. Um pouco por natureza, muito por esforço deliberado. Por ele perambulam gurus, bruxos e marquetei-ros. Em comum, além da pose de donos da verdade, a atitude de esconder o jogo, ou de fazer crer que a disputa eleitoral pertence ao universo das coisas in­tangíveis, ao qual só têm acesso génios dotados de intuição e criatividade incomuns.
Tudo se passa como se uma eleição pudesse ser resolvida por uma tirada brilhante, pelo maquiavelismo matreiro ou por uma consulta ao oráculo.
Este livro demonstra o contrário.
Por trás da aparente desordem da vontade do eleitor, um padrâ. Sob o inusitado resultado de muitas eleições, a lógica. O eleitor tem suas razões, e é possível conhecê-las. Antecipadamente, até.
Mas só isso não é suficiente para vencer uma disputa, pois saber o que o eleitor deseja não significa poder suprir este desejo.
Eis outro ponto relevante deste livro: é possível desenhar uma candidatura para determinada eleição, mas as chances de sucesso são sempre proporcionais à sua consistência.
O eleitor raciocina e avalia tanto os personagens quanto as his­tórias de cada um. E, frequentemente, celebridades projetadas pela mídia, capa­zes de sustentar ótimos índices de intenção de voto no período pré-eleitoral, mas desprovidas de qualquer substância política, murcham como bola de ar quando expostas ao cenário eleitoral, à comparação intensiva entre narrativas e argu­mentos distintos.
Uma das ferramentas mais importantes propostas por este livro é a avalia­ção.
Saber se uma eleição é de continuidade ou de mudança. Que estratégia se­guir uma vez obtida esta informação depende, é claro, do candidato em questão.
Alberto demonstra como é possível vencer uma eleição de continuidade com um candidato de oposição.
Uma das principais virtudes deste livro é justamente revelar o que há de simples e  evidente na decisão do voto.
Espero que seja tão útil para o leitor quanto tem sido para mim.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

22 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - XII

Há duas principais fontes de controvérsia acerca dos resultados de pesquisa eleitoral.
Diferentes pontos de vista assumidos por jornalistas, políticos e coordenadores de pesquisas. Entre eles existem pontos de vistas inconciliáveis.
Suposição de que as pesquisas influenciam diretamente o eleitor. A conclusão (com o que temos de avanços científicos até o momento) é que há indícios fracos de que as pesquisas influenciam diretamente o eleitor. É fato que existem influência indireta, pois os principais candidatos apontados pelas pesquisas têm mais espaço na mídia, conseguem mais recursos, animam mais facilmente os seus partidários. Em geral eles são também os candidatos dos principais partidos, que provavelmente faria isso de qualquer maneira. Mas não é fato comprovado que haja influência direta sobre o eleitor.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

21 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - XI

As pesquisas influenciam o voto?
Trata-se de uma crença de que a divulgação dos resultados das pesquisas influencia o eleitor, que possui duas correntes:
  • Influenciam – eleitor decide votar no candidato favorito (influência direta), e atingem o ânimo e o moral das campanhas (influência indireta).
  • Não influenciam – se tivesse relação não haveria alteração nas posições relativas dos principais competidores.
A literatura especializada explica de inúmeras maneiras a decisão de votar em diferentes candidatos ou partidos, veja algumas das variáveis.
Estruturais
  1. Predisposição individuais: devido a fatores sociais e psicológicos, cada indivíduo tem predisposição e valores.
  2. Preferência partidária: varia muito dependendo da pessoa.
  3. Nível de informação política: quanto mais informado mais conhecimento, cobrança e crítico é o eleitor, o oposto também é verdadeiro.
  4. Representatividade social de partidos e candidatos e dinâmica eleitoral: é uma importante forma de entrada na disputa eleitoral. Isso se aplica mais a eleições proporcionais (Vereadores). A dinâmica de uma campanha também condiciona a escolha do eleitor, pois tende a escolher as agremiações políticas já estabelecidas e que são suas velhas conhecidas.
  5. Status socioeconômico: são classicamente utilizadas para explicar diferenças em opiniões e valores.
Conjunturais
  1. Avaliação do desempenho do governo: é a variável fundamental, pois se é boa o eleitor tende a votar no candidato do governo, mas se é má resulta em voto na oposição.
  2. Proposta dos candidatos e dos partidos: trata-se da divulgação das propostas de governo que é um dos fatores conjunturais mais importante na hora da escolha do eleitor.
  3. Pertencimento a redes sociais: aqui entrar a influência de parentes, amigos e colegas de trabalho, pois somos influenciados por pessoas próximas. Nada á de surpreendente nisso.
  4. Imagem dos candidatos: o eleitorado constrói imagem dos candidatos e vota de acordo com tais construções.
Pode-se aplicar a lista das variáveis que explicam a escolha eleitoral:
  • as leis eleitorais;
  • a credibilidade das instituições políticas;
  • o voto na pessoa versus o voto no partido;
  • a avaliação do processo eleitoral;
  • entre outras.
Apresentei breve mente aquelas que considero as principais pra se compreender o voto no Brasil.
Cabe chamar a atenção para o fato de que os resultados eleitorais não são totalmente imprevisíveis quando se levam em conta tendências de médio e longo prazos, mas podem ser de difícil previsão quando se deseja saber o nome de quem sairá vencedor numa eleição específica.
Isso significa que os fatores estruturais definem os pontos de partida (o piso em números de votos) e os limites (o teto) de cada candidato, partido e coligação.
Cada um dos candidatos em campanha tentará atingir o seu teto e manter os adversários próximos de seu piso.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

20 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - X

A cabeça do eleitor em mais três tempos: currículo e domínio do tema mais relevante, potencial de crescimento e apoios.
O candidato que vence tende a dominar o tema de campanha de forma convincente, isto é, apresentando uma vida pública pregressa que dê credibilidade ao fato de ele prometer atacar o problema mais relevante, e combina isso com um potencial de crescimento alto ou médio. Quanto aos apoios políticos, não necessariamente eles levam à vitória.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

19 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - IX

Sexta regra: não se deve contar com a transferência de votos
Transferência de prestígio, de boa avaliação, de força e coisas deste tipo, é algo duvidoso. O que é bastante comum é ouvir as recomendações de pessoas que temos em alta conta. É a chamada referência.
Mas isso não é a mesma coisa que transferência de prestígio, isso pressupõe que existam um ou mais argumentos.
A pessoa que indica fornece motivos para que você contrate o indicado, preferencialmente motivos visíveis e concretos.
O limite
A transferência de votos tem limites. Quanto mais escolarizado é o eleitor, menos ele aceita a transferência de popularidade e de prestígio.
Quando se trata de “transferência de voto” deve ficar claro que isso é transferência de prestígio, de boa avaliação.
Então, a rigor, o que é chamado corriqueiramente de “transferência de votos” de um político para outro é, na verdade, uma afinidade entre os seus eleitores. Esta afinidade é muitas vezes algo que permanece no tempo.
Relembro que a análise da opinião pública ajuda a saber o que terá e o que não terá efeito na propaganda.
O eleitor tende a separar as coisas.
Por via das dúvidas, convém não confiar na transferência de votos. Não conte com ela.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

17 de mar. de 2012

Programa HPH

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16 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - VIII

Quinta regra: quem não tem potencial de crescimento não vai longe.
Um outro tipo de rejeição acontece com o candidato que é pouco conhecido.
Ninguém fecha negócio com um desconhecido, ninguém contrata um completo desconhecido, é preciso conhecê-lo minimamente, ao menos o currículo. A campanha eleitoral ajuda a fazer isso, a tornar mais conhecido um novo candidato, uma nova liderança.
A análise do potencial de crescimento incorpora essa informação: a de que existem dois tipos diferentes de rejeição.
  • Rejeição forte – baseada em um profundo conhecimento, combinada com um aprofunda má avaliação do candidato;
  • Rejeição fraca – apenas de quem é pouco conhecido.
Mas lembre-se a análise nem sempre indica o que nós mais acreditamos que seja verdade.
Assumido é cumprido
É bastante óbvio que o não cumprimento de promessas tem impacto sobre o potencial de crescimento do candidato. Isto se refere sempre a quem está no governo ou já foi governo.
Quando se é governo, as medidas precisam ser efetivas, pois o cumprimento de promessas tem muito a ver com quem está no governo.
Promessa é coisa séria porque gera expectativas.
Nada melhor do que cumprir promessas e persuadir o eleitorado de que isso foi feito.
Calcanhar de Aquiles
  • Se no governo – a confiança é quebrada porque a promessa não foi cumprida.
  • Na oposição – a confiança é quebrada em função de algo que atinja, na maioria da vezes, a pessoa do candidato.
Ataques
Existem ataques que colam e ataques que não colam. Ataques que colam atingem a credibilidade do adversário, vão no coração da confiança que o eleitor nele depositou. A consequência é o candidato perder o seu potencial de crescimento e deixarem de ser competitivos.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

15 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - VII

Quarta regra: para ser eleito é preciso ter currículo e promoter resolver problemas importantes do eleitorado
O eleitor leva em conta as seguintes informações ao escolher o seu governante:
  1. Quem tem o poder de combater quais problemas;
  2. Qual é o principal problema que atinge a minha vida atualmente;
  3. Dentre os candidatos que estão pedindo o meu voto, qual deles está dizendo que vai resolver aquilo que eu considero ser o principal problema;
  4. Qual candidato tem autoridade, tem o currículo, que permite antever que ele realmente vai tentar resolver este problema.
Perder também está relacionado a esta lógica.
Como se trata de uma lógica de decisão, de uma lógica que rege a cabeça do eleitor, ela será encontrada a qualquer ano, em qualquer eleição.
Outro indicador importante para se entender a credibilidade de um candidato é o desejo de mudança.
Aviso aos navegantes
Não responsabilize o eleitor caso você seja derrotado numa eleição depois de fazer uma campanha em que o principal tema tratado por você não era o principal problema do eleitorado.
O candidato tem que ter um enredo, ou seja, um argumento que desse sentido às suas realizações.
Nunca é demais lembrar que a narrativa e o enredo são fundamentais. É isso que tem de ficar claro no currículo de cada candidato.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

14 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - VI

A cabeça do eleitor em três tempos: avaliação do governo, identidade dos candidatos e lembrança.
Tudo depende do eleitor. É ele que avalia bem ou mal um governo. É ele quem responde aos estímulos dos candidatos conferindo-lhes, ou não, uma identidade clara. É ele quem se lembra ou se esquece dos candidatos.
A cabeça do eleitor é lógica e não pode se ludibriada facilmente, nem mesmo pelas mais avançadas técnicas de comunicação e publicidade. A campanha eleitoral não é capaz de mudar as percepções dos eleitores.
Um governo se torna bem avaliado por causa das ações do próprio governo. Ele se torna mal avaliado por causa da falta de ações ou de ações erradas do ponto de vista do eleitor.
A identidade não é algo que se forme da noite para o dia, e também não se modifica ou acaba rapidamente, a não ser em situações muito especiais. Os candidatos em disputa terão de se contentar com o uso dessas imagens já bem consolidadas para a sua campanha. Este é o principal papel do marketing político.
A lembrança ou recall também se altera pouco. É exatamente em função disso que os partidos tendem a repetir seus candidatos a cargos majoritários.
Avaliação, identidade e lembrança dificilmente são alterados no limitado prazo de uma campanha eleitoral. Daí a importância das pesquisas de opinião e de um diagnóstico claro das forças e fraquezas dos candidatos em disputa.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

13 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - V

Terceira regra: em eleição, quem é mais lembrado larga na frente em uma corrida curta.

Portanto, às vezes é preciso disputar várias eleições antes de se tornar o favorito.
Essa vantagem se deve ao que os publicitários denominam recall, lembrança em português.
A cada eleição que um político disputa ele acumula a musculatura da lembrança. A reeleição favorece o ocupante do cargo público muito menos porque ele tem o controle da máquina e muito mais porque ele tem uma enorme vantagem na lembrança do eleitorado.
A campanha eleitoral aumenta, principalmente, a quantidade de eleitores dispostos a votar em um determinado candidato dentre aqueles que á conhecem o referido candidato.
Tornar-se mais conhecido é, em geral, um esforço de longo prazo.
Quando se trata da disputa de um cargo majoritário, os partidos vão buscar os nomes que têm o maior nível de conhecimento junto aos eleitores. Há investimentos que só dão resultado no longo prazo.
A política não escapa a essa regra.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

12 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - IV

Segunda regra: candidato que tem identidade não tem pés de barro
O que é um candidato com identidade?
É aquele que tem uma imagem clara diante do eleitorado.
Candidatos com menos identidade são mais vulneráveis aos ataques, quaisquer que seja eles.
Quando se fala em identidade, é importante pensar sobre o que leva as pessoas a gostarem de um determinado candidato.
O forte domínio sobre um determinado terreno permite que o candidato se afaste um pouco de suas características mais fortes. Preservar essa marca exige um esforço mínimo.
Quando o consumidor compra um produto, ele sabe o que está comprando. É disso que se trata um político com identidade, alguém que tem pés firmemente fincados no terreno eleitoral.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

10 de mar. de 2012

Programa de Rádio

A partir das 8h15 estarei ao vivo pela Rádio Valinhos 105,9 - A voz da nossa gente (ouvir ao vivo), com o programa Humano, perfeitamente humanos!, com produção e apresentação minha.
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9 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - III

Primeira regra: ganhar a eleição contra um governo bem avaliado não é para quem quer, é para quem pode.

Quando um governo é mal avaliado o candidato da oposição torna-se o franco favorito. Trata-se de uma lógica e o eleitor não quer riscos. Quando ele considera que o governo é bom ou ótimo ele tem maior preferência para votar ou no candidato do governo ou naquele que disputa a reeleição.
Lembre-se existe uma relação entre causa e consequência.
Para que um candidato consiga vencer uma eleição contra um governo bem avaliado é necessário:
  1. Que o candidato seja bem conhecido;
  2. Não ataque o governo anterior;
  3. E de continuidade ao que já vem dando certo.
Qual a lição mais importante desta regra?
O marketing político é menos importante do que parece. Em seu lugar, o que assume importância crucial é a estratégia de campanha.
Quando um governo é mal avaliado pode-se utilizar com estratégia de campanha:
  • Fazer mais ou menos oposição
  • Defender mais ou menos o governo
  • Conhecer o eleitoral fiel
  • Ser ou não um candidato com identidade clara.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

8 de mar. de 2012

A cabeça do eleitor - II

A realidade simplificada é útil para quem tem capacidade de análise, de separar o que se repete do que não se repete, o que é relevante do que não é.
Devemos ter em mente que o eleitor médio tem pouquíssima informação sobre o que acontece na política.
As pesquisas de opinião pública são a matéria-prima para o entendimento da cabeça do eleitor. É por meio de sua análise, confrontando-as com a escolha do candidato, que é possível encontrar as regularidades que povoam a cabeça do eleitor na hora em que ele digita o seu voto.
Com relação a transferência de votos, devemos lembrar que se um governo é bem avaliado, o indicado por ele torna-se um franco favorito na eleição. Não se trata de transferência de popularidade ou de simpatia, mas de aprovação do governo.
Cada eleição é diferente, mas os dados e números não mentem jamais. Há necessidade das pesquisas eleitorais e de sua análise detalhada. Além de lidar com a comunicação e o marketing da campanha eleitoral.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

7 de mar. de 2012

A cabeça do eleitor - I

A partir de hoje irei apresentar alguns textos e comentários do livro A cabeço do Eleitor - Estragégias de campanha, pesquisa e vitoria eleitoral, de Alberto Carlos Almeida.
Transcrevo a seguir fragmento do texto de Alan Kardec Borges da Estratégia - Marketing Político, que faz referência ao livro do Almeida.
Entender a cabeça do eleitor sempre foi um dos principais desafios do marketing político e da ciência política. Graças aos avanços teóricos e às pesquisas de opinião pública realizadas nestas áreas, podemos, hoje, entender a lógica que orienta o eleitor na sua decisão de voto.
A primeira constatação pode ser surpreendente: o eleitor não é tão manipulável como se pensa. Sabemos que o eleitor médio (de baixa informação) não tem a política como principal preocupação em seu cotidiano e dedica pouco ou nenhum tempo para se informar sobre os acontecimentos políticos. No entanto, este mesmo eleitor, que representa cerca de 80% do eleitorado brasileiro, possui ferramentas que lhe auxiliam na decisão do voto, e de forma consciente.
De acordo com Alberto Carlos Almeida, um dos principais cientistas políticos do País e autor do livro A cabeça do eleitor, são seis os fatores que formam a lógica do eleitor:
  1. A avaliação do governo;
  2. A identidade do candidato;
  3. O nível de lembrança (recall) dos candidatos;
  4. O currículo dos candidatos e se eles utilizam-no para mostrar ao eleitor que podem resolver o principal problema que aflige o eleitorado;
  5. O potencial de crescimento dos candidatos, que combina a rejeição de cada um deles com seu respectivo nível de conhecimento;
  6. O fato de não ser possível contar com os apoios, ou seja, popularidade e simpatia não se transferem.
Dentre os itens citados acima, um dos mais importantes é a avaliação do governo, que tem sido responsável por viradas eleitorais histórica. Entre elas, a vitória de Celso Pitta, em 1996, e Gilberto Kassab, em 2008, ambos disputando a prefeitura de São Paulo.
Nestes dois casos, a avaliação do governo foi determinante para elegê-los. No caso do Pitta, a boa avaliação do governo Maluf, fez com que o eleitorado paulistano projetasse em seu sucessor a continuidade daquele governo. A lógica era simples: se está bom, tem que continuar. E contra todas as expectativas São Paulo elegeu um carioca sem experiências administrativas para prefeito.
Até mais!

6 de mar. de 2012

Menos de duzentos...

Encerrando por hora as nossas estatísticas vale lembrar que de 50 a 60% dos dos candidatos a vereador, nas próximas eleições, terão menos de 200 votos.
No meu Município após análise das eleições de 1996 a 2008, encontrei a estatística abaixo, que comprova a informação acima:


Isso que dizer que caso esteja candidato deva desistir? Não!
Temos uma indicação clara que o candidato deverá ser realista, mas se não deseja fazer parte desta estatística deverá trabalhar muito.
Para mim nas próximas eleições os candidatos que conseguirem uma cadeira na Câmara serão aqueles que já possuem um trabalho na cidade. Mas lembre-se sempre do Quociente Eleitoral... este sim pode modificar as suas pretensões.
Até mais! 

5 de mar. de 2012

Você se lembra?

Hoje trago uma reflexão através de fragmentos do texto de Roberto Pompeu de Toledo, publicado na revista Veja nº 2259, intitulado "Eleições e cidades".
A cidade é a maior das invenções humanas.
Elas estão aí há tanto tempo que até parecem ter nascido por si sós, brotadas na superfície do plane­ta como acidentes geográficos. Mas são invenções, surgidas no momento da aventura humana em que se concluiu pelas vantagens de viver junto, com relação à vida isolada no campo — mais seguran­ça, mais facilidades de comércio e de aprendizado, mais possibilidades de lazeres e de prazeres.
Nas cidades antigas do Ocidente nasceram os fóruns e nas do Oriente os mercados. Diferem em que os primeiros apontam mais para a discussão de assun­tos públicos e privados e os segundos mais para as relações económicas, mas são instituições assenta­das no mesmo princípio: os benefícios da troca, seja de ideias, seja de mercadorias.
A cidade, sen­do o locits por excelência da convivência, é o locus por excelência da troca — a troca afetiva, inclusi­ve. Cidade é artigo precioso demais para, em elei­ções municipais, suas especificidades serem es­quecidas em favor de disputas e assuntos outros.
Prefeito é cargo recente, no ordenamento político-administrativo brasileiro.
Durante os quatro séculos anteriores, as ci­dades eram regidas pela Câmara Municipal. Na colónia, as câmaras eram os únicos organismos cujos integrantes eram eleitos. As eleições eram frequentemente fraudadas, ocasionavam sangren­tas disputas e delas participavam poucos eleitores. Mesmo assim, proporcionavam um espaço de de­mocracia.
Daí decorre que a figura do vereador pode ostentar nobre origem. É o primeiro político brasileiro, e a ele cabia aquilo que etimologicamente indica a palavra "político": cuidar da "po­lis".
No entanto, nenhuma instituição sofre hoje maior desprestígio do que as câmaras de vereado­res. São locais que a desatenção da imprensa e dos órgãos fiscalizadores torna ideais para a prática da corrupção e da fisiologia. O problema começa no eleitor, que mal sabe em quem está votando e no dia seguinte já esqueceu em quem votou.
Reco­mendação: que o eleitor grude o nome de seu esco­lhido na geladeira ou no espelho do banheiro. E que conserve grudado até a eleição seguinte.
Até mais!

3 de mar. de 2012

Programa na Rádio

Neste sábado a partir das 8h15 estarei ao vivo pela Rádio Valinhos 105,9 - A voz da nossa gente (ouvir ao vivo), com o programa Humano, perfeitamente humanos!, com produção e apresentação minha.
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2 de mar. de 2012

Político que teve as contas rejeitadas não pode ser eleito

TSE barra nomes reprovados em 2010, mas alcance da medida pode ser maior
Ministra diz que há um cadastro com 21 mil candidatos que tiveram as suas contas de campanha desaprovadas

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu ontem que os candidatos que tiveram rejeitadas as contas da campanha eleitoral de 2010 estão inelegíveis para as eleições municipais deste ano.
A decisão representa importante mudança do entendimento estabelecido pela corte nas eleições passadas, quando os ministros deliberaram que bastava a apresentação das contas, independentemente de sua aprovação, para que o político tivesse o direito de se candidatar.
Os ministros editaram uma resolução que estabelecerá as regras de prestação de contas para as eleições de 2012.
Por 4 votos a 3, a decisão de ontem vale automaticamente para quem teve contas de campanha rejeitadas em 2010, mas poderá alcançar também candidatos que tiveram problemas de campanha em eleições anteriores.
Ficou definido, no entanto, que episódios mais antigos serão analisados caso a caso. A ministra Nancy Andrighi disse que existe um cadastro com 21 mil candidatos que tiveram contas desaprovadas em eleições passadas. Até o momento, o TSE não soube dizer quantos desses tiveram problemas em 2010.
"Não é possível considerar quite com a Justiça Eleitoral o candidato que teve suas contas desaprovadas, pois a prestação de contas, na prática, corresponderia à mera formalidade", disse ela.
Andrighi foi acompanhada pelos ministros Marco Aurélio Mello, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski. "Não basta apresentação no protocolo de um documento que pode ser até mesmo que não reflita a realidade", argumentou Marco Aurélio.
Os ministros Arnaldo Versiani, Marcelo Ribeiro e Gilson Dipp afirmaram que a legislação afirma apenas que o candidato receberá a "certidão de quitação eleitoral" se, entre tantos outros pontos, apresentar a prestação de contas, não se referindo à necessidade de aprovação.
Mas a maioria do plenário retrucou que a lei deve ser interpretada no sentido de que a apresentação está vinculada com sua aprovação.
Todos os candidatos devem prestar contas de sua campanha. Eles podem receber doações de fontes privadas, mas também recebem verbas públicas, provenientes do Fundo Partidário, dividido entre os partidos.
Os candidatos devem apresentar comprovante de todos os gastos e receitas declarados. Além disso, a lei determina limites para essas doações que, se ultrapassados, geram a desaprovação das contas de campanha.
Fonte: matéria de Felipe Seligman publicada na Folha de 02/03/2012.

1 de mar. de 2012

Projeções para Valinhos.

Hoje irei apresentar a caso específico da minha cidade, você se desejar poderá fazer o mesmo levantamento em seu município. São só cálculos matemáticos que indicam um tendência.
Com relação a quociente eleitoral devemos esclarecer que o cálculo só será exato depois de apurados os votos. Todos os cálculos aqui realizados são apenas a expressão de dados estatísticos. Até o fechamento das urnas no dia 07 de Outubro, tudo é só hipótese nada esta definido, mas os dados mostram uma tendência. Senão vejamos as projeções para as Eleições de 2008 abaixo:
Como podemos verificar os valores encontrados na apuração ficaram abaixo das projeções, pois os cálculos depende da Taxa de Marginalidade Eleitoral, se ela aumenta o quociente eleitoral diminui, pois são grandezas inversamente proporcionais.

Em Valinhos-SP
Teremos 78.663 eleitos, de acordo com dados do TRE-SP atualizados até Janeiro de 2012. Em relação ao número de eleitores exitentes em 2008 haverá mais 5.181 eleitores que irão votar pela primeira na cidade. Para acessar as estatísticas e as projeções basta clicar na figura abaixo:

É sembre bom relembrar que quanto menor a TME maior o Quociente Eleitoral (QE), inversamente quanto maior a TME menor o QE, neste cenário prevê-se um quociente eleitoral entre o seguinte intervalo: 3.500 a 3.800 votos.
Deste modo cada coligação para ter direito a uma cadeira na Câmara Municipal deverá obter no mínimo o votos dentro deste intervalo.
Lembramos que trata-se de uma projeção, as Eleições só terminam às 17h00 do dia 07 de Outubro, até lá muito trabalho, suor, sola de sapato e muita conversa.
Até mais!