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Tudo se passa como se uma eleição pudesse ser resolvida por uma tirada brilhante, pelo maquiavelismo matreiro ou por uma consulta ao oráculo.
Este livro demonstra o contrário.
Por trás da aparente desordem da vontade do eleitor, um padrâ. Sob o inusitado resultado de muitas eleições, a lógica. O eleitor tem suas razões, e é possível conhecê-las. Antecipadamente, até.
Mas só isso não é suficiente para vencer uma disputa, pois saber o que o eleitor deseja não significa poder suprir este desejo.
Eis outro ponto relevante deste livro: é possível desenhar uma candidatura para determinada eleição, mas as chances de sucesso são sempre proporcionais à sua consistência.
O eleitor raciocina e avalia tanto os personagens quanto as histórias de cada um. E, frequentemente, celebridades projetadas pela mídia, capazes de sustentar ótimos índices de intenção de voto no período pré-eleitoral, mas desprovidas de qualquer substância política, murcham como bola de ar quando expostas ao cenário eleitoral, à comparação intensiva entre narrativas e argumentos distintos.
Uma das ferramentas mais importantes propostas por este livro é a avaliação.
Saber se uma eleição é de continuidade ou de mudança. Que estratégia seguir uma vez obtida esta informação depende, é claro, do candidato em questão.
Alberto demonstra como é possível vencer uma eleição de continuidade com um candidato de oposição.
Uma das principais virtudes deste livro é justamente revelar o que há de simples e evidente na decisão do voto.
Espero que seja tão útil para o leitor quanto tem sido para mim.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.
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