7 de mar. de 2012

A cabeça do eleitor - I

A partir de hoje irei apresentar alguns textos e comentários do livro A cabeço do Eleitor - Estragégias de campanha, pesquisa e vitoria eleitoral, de Alberto Carlos Almeida.
Transcrevo a seguir fragmento do texto de Alan Kardec Borges da Estratégia - Marketing Político, que faz referência ao livro do Almeida.
Entender a cabeça do eleitor sempre foi um dos principais desafios do marketing político e da ciência política. Graças aos avanços teóricos e às pesquisas de opinião pública realizadas nestas áreas, podemos, hoje, entender a lógica que orienta o eleitor na sua decisão de voto.
A primeira constatação pode ser surpreendente: o eleitor não é tão manipulável como se pensa. Sabemos que o eleitor médio (de baixa informação) não tem a política como principal preocupação em seu cotidiano e dedica pouco ou nenhum tempo para se informar sobre os acontecimentos políticos. No entanto, este mesmo eleitor, que representa cerca de 80% do eleitorado brasileiro, possui ferramentas que lhe auxiliam na decisão do voto, e de forma consciente.
De acordo com Alberto Carlos Almeida, um dos principais cientistas políticos do País e autor do livro A cabeça do eleitor, são seis os fatores que formam a lógica do eleitor:
  1. A avaliação do governo;
  2. A identidade do candidato;
  3. O nível de lembrança (recall) dos candidatos;
  4. O currículo dos candidatos e se eles utilizam-no para mostrar ao eleitor que podem resolver o principal problema que aflige o eleitorado;
  5. O potencial de crescimento dos candidatos, que combina a rejeição de cada um deles com seu respectivo nível de conhecimento;
  6. O fato de não ser possível contar com os apoios, ou seja, popularidade e simpatia não se transferem.
Dentre os itens citados acima, um dos mais importantes é a avaliação do governo, que tem sido responsável por viradas eleitorais histórica. Entre elas, a vitória de Celso Pitta, em 1996, e Gilberto Kassab, em 2008, ambos disputando a prefeitura de São Paulo.
Nestes dois casos, a avaliação do governo foi determinante para elegê-los. No caso do Pitta, a boa avaliação do governo Maluf, fez com que o eleitorado paulistano projetasse em seu sucessor a continuidade daquele governo. A lógica era simples: se está bom, tem que continuar. E contra todas as expectativas São Paulo elegeu um carioca sem experiências administrativas para prefeito.
Até mais!

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