14 de mar. de 2012

A cabeça do Eleitor - VI

A cabeça do eleitor em três tempos: avaliação do governo, identidade dos candidatos e lembrança.
Tudo depende do eleitor. É ele que avalia bem ou mal um governo. É ele quem responde aos estímulos dos candidatos conferindo-lhes, ou não, uma identidade clara. É ele quem se lembra ou se esquece dos candidatos.
A cabeça do eleitor é lógica e não pode se ludibriada facilmente, nem mesmo pelas mais avançadas técnicas de comunicação e publicidade. A campanha eleitoral não é capaz de mudar as percepções dos eleitores.
Um governo se torna bem avaliado por causa das ações do próprio governo. Ele se torna mal avaliado por causa da falta de ações ou de ações erradas do ponto de vista do eleitor.
A identidade não é algo que se forme da noite para o dia, e também não se modifica ou acaba rapidamente, a não ser em situações muito especiais. Os candidatos em disputa terão de se contentar com o uso dessas imagens já bem consolidadas para a sua campanha. Este é o principal papel do marketing político.
A lembrança ou recall também se altera pouco. É exatamente em função disso que os partidos tendem a repetir seus candidatos a cargos majoritários.
Avaliação, identidade e lembrança dificilmente são alterados no limitado prazo de uma campanha eleitoral. Daí a importância das pesquisas de opinião e de um diagnóstico claro das forças e fraquezas dos candidatos em disputa.
Fonte: o livro A cabeça do eleitor de Alberto Carlos Almeida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário