21 de out. de 2010

De ouvir dizer

Acontece uma coisa bastante interessante nos debates sobre a dinâmica, atuação, legitimidade, regramento, limites e papel, do conselho e dos conselheiros, é a teoria do ouvir dizer ou sempre foi assim.
Neste órgão coletivo por vezes a vontade de um possui supremacia sobre o bom senso, a ciência jurídica e os princípios da administração pública.
Lembro que as falsas noticias são tão velhas quanto o mundo,  assim como sua utilização no quadro de conflitos entre comunidades.
Não basta conhecer é necessário fornecer elementos para que faça uma interpretação que leve a paz social e a construção da cidadania plena.
Sei que nem todos têm tempo ou formação acadêmica para compreender os meandros da técnica legislativa ou administrativa, mas é necessário, no mínimo, boa vontade para admitir que há muito ainda para se aprender.
Quanto em uma reunião ou em um debate for falar de uma lei, lembre-se de que ela faz parte de um ordenamento jurídico, não pegue apenas um trecho, e sempre leia o texto original da Lei. Muito cuidado com o ouvir dizer.
Se não sabe busque as diversas opiniões sobre o tema antes de decidir.
Como nos lembra Jacques Rancière, em seu artigo sobre as razões da mentira: “Um homem bem de saúde é um doente que se ignora.”.

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