7 de dez. de 2010

Vivendo o seu tempo.

Ontem assistindo a TV Escola estava passando uma reportagem sobre Joaquim Nabuco, que demonstrava que ele estava a frente do seu tempo.
Foi diplomata, político, orador, poeta e memorialista. Além de "O Abolicionismo", "Minha Formação" figura como uma importante obra de memórias, onde se percebe o paradoxo de quem foi educado por uma família escravocrata, mas optou pela luta em favor dos escravos.
Nabuco diz sentir "saudade do escravo" pela generosidade deles, num contraponto ao egoísmo do senhor. "A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil", sentenciou.
Tem duas frase dele que demonstra a minha visão de cidadania: "O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade", e "É a nossos filhos que pagamos a nossa dívida para com os nossos pais”.
Joaquim Nabuco entendia que a luta contra o regime escravista não era um batalha local a ser travada apenas com os recursos da opinião interna. Tratava-se de algo bem mais profundo: a expansão da civilização e a evolução da humanidade para planos superiores. Algo absolutamente incompatível de coexistir com o sistema escravista. Enquanto o Brasil mantivesse um só escravo estava fora do circulo das nações progressistas e adiantadas do mundo.
A questão central no Brasil era a escravidão e dela decorriam todos as outras. Estabelecida a premissa, Nabuco ia, passo a passo, desvendando os inúmeros problemas que afetavam o país e dificultavam sua inserção na modernidade.
Recomendo a leitura do texto Joaquim Nabuco a questão nacional, de Maria Emilia da Costa Prado.
Cidadania e assumir posicionamento, mas sempre tendo como fundamento a dignidade humana e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sem abrirmos mão da nossa responsabilidade pessoal.
Vale apena ler: Joaquim Nabuco!

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