Os gestores públicos têm um papel relevante na valorização dos movimentos comunitários, contribuindo para a mobilização popular e a participação cidadã no processo de participação popular na Administração Pública, transformando os movimentos reivindicatórios em movimentos associativos.
Lembro que há dois tipos de governantes: a) os que aprofundam a distância entre governantes e governados; e b) os que lutam para superá-la.
A mobilização é uma maneira de aferir o interesse pela reivindicação, sendo que a comunidade deve ser manifestar, pois é quem melhor conhece a cidade, podendo indicar melhor o que é preciso e fiscalizar o que é executado.
Os movimentos comunitários precisam ser pensados pelos agentes públicos, na medida em que estes passaram a ser atores relevantes nas discussões sobre as políticas públicas. Destaco que estás manifestações públicas não são confrontos com o Poder Público, necessariamente, mas um meio de reunir os vários setores da comunidade para a formação de uma opinião das vontades coletivas.
A gestão participativa é resultante do exercício político e da adequada utilização de instrumentos gerenciais. É preciso aprimorar o modelo de participação, delimitando competências e explicando instrumentos de acompanhamento dos itens integrantes da agenda dos Conselhos existentes no Município.
Saliento que a busca pela justiça e a equidade é um compromisso de todos, mas para que isso ocorra os Governos devem estar preparados para manterem-se articulados com a Sociedade Civil, construindo em conjunto uma agenda que potencialize a capacidade de resolver problemas e a realização do bem comum, o qual é a fim primordial de qualquer Administração Pública, direta ou indireta.
De acordo com Norberto Bobbio: "A democracia é subversiva, no sentido mais radical da palavra, porque onde ela se instala, ela muda o conceito tradicional de poder.".
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