19 de ago. de 2010

O artigo: O processo educativo

Aspecto fundamental para a efetividade dos conselhos como espaços de cidadania interativa é o relacionado ao processo educativo. De um modo geral, os conselhos são constituídos, as entidades indicam representantes e ele começa a funcionar.
Os conselheiros não têm formação específica em relação a vários aspectos, a começar, muitas vezes pela legislação, atuando sem saber exatamente o que fazer, com o risco de facilmente passarem a se preocupar com as questões que afetam a entidade ou grupo que representa no conselho, não conseguindo, portanto, assumir uma visão de universalidade dos problemas e soluções para as questões públicas. Acreditamos que os conselhos se constituem em espaços permanentes de aprendizagem.
Logo, quando os conselheiros assumem, é na dinâmica das interações que eles desenvolvem conhecimentos. Entretanto, a qualificação dos conselheiros é um objetivo a ser alcançado se queremos que o processo avance mais rapidamente, ou seja, não é necessário ‘redescobrir a roda’.
Por isso, entendemos que um projeto de educação continuada e intercomplementar entre as diversas áreas do saber que contribuam no entendimento das funções dos diversos conselhos na gestão, implementação e avaliação das políticas públicas é de fundamental importância para dar consistência, dinamismo e visão ampla do seu papel interativo na relação sociedade civil e Estado, resguardadas as autonomias e tendo em vista a qualidade de vida e a democracia.
Constata-se que ainda é muito pequena e, às vezes, até inexistente, a interação entre os diversos conselhos e entre os conselheiros que atuam nestes. Esta interação, fundamental no processo educativo continuado, pode ser obtida através de diversas reflexões, práticas e canais de participação.
Fonte: artigo de Sérgio Luís Allebrandt sobre os Conselhos Municipais: potencialidades e limites para a efetividade e eficácia de um espaço público para a construção da cidadania interativa.

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