1 de ago. de 2010

Utopias Urbanas

Vamos conversar um pouco sobre as Reduções Jesuíticas e como elas serviram para estruturar e desenvolver do processo civilizatório ocorrido durante a colonização européia, da arquitetura e do urbanismo. Recomendo a leitura do artigo Missões Jesuíticas Arquitetura e Urbanismo América do Sul.
O tema das missões, por sua importância estratégica no contexto colonial, sempre despertou avaliações e interpretações apaixonadas.
Mas para entender o surgimento e a ordenação das cidades da América Latina, é indispensável conhecer a história das missões jesuíticas, pois eles fundaram, no meio da selva cidades com excelente infraestrutura, que contavam com hospitais, escolas, bibliotecas, asilos, pequenas indústrias e oficinas, além de ruas e moradias bem ordenadas, mas lembre-se estamos falando do século XVI.
Esses povoamentos eram chamados de "reduções", termo que está ligado etimologicamente a "reduto" (Nivaldo Kruger).
O sucesso do empreendimento é inquestionável, sendo que as missões jesuítas tinham alcançado o mais alto ponto de civilização imaginável, pois "alí se observaram as leis, reinava uma civilidade natural, os costumes eram puros, uma fraternidade feliz unia os corações, todas as artes de necessidade estavam aperfeiçoadas e conheciam-se algumas agradáveis. A abundância era, aí, universal" (Guillaume Raynal, 1770).
Porém, a experiência, que, em tese, tinha tudo para formar cidadãos autônomos e livres, acabou por ser nefasta para os guaranis.
Destaco que é importante conhecer a história da formação das cidades para podermos elaborar políticas públicas que levem em consideração as peculiaridades de cada local, quando da atuação dos Conselhos do Município.
Fonte: artigo sobre o tema publicado na revista Governar Cidades, de Junho 2010.

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