18 de jan. de 2011

Dificuldades para efetivação

Em sua apresentação no Seminário Estadual "Participação e Controle Social, do Cress-SP, Givanildo apresenta as principais dificuldades para efetivação a Democracia Participação e ao Controle Social, as quais transcrevo a seguir:
  • fragilidade no nível de organização dos movimentos sociais;
  • cultura política de submissão arraigada na população brasileira;
  • baixa representatividade e consequente falta de legitimidade dos conselheiros, pela pouca organicidade de sua base;
  • a desinformação generalizada;
  • sociedade civil perde o sentido da crítica que a caracterizou no processo de luta contra a ditadura e de construção democrática;
  • lógica da representação substituída pela colaboração e parceria;
  • substituição do papel do Estado e das responsabilidades governamentais;
  • consequências: despolitização das relações entre Estado e Sociedade, e no interior da própria sociedade civil, encobre diferenças, conflito social, harmonia social aparente;
  • usuários sem representação ou subrepresentados;
  • membros do Governo: pouco claros os critérios de indicação, os conselheiros desconhecem a política da área, especialmente a da assistência social, não exercem de fato a representação - mão dupla, participam de vários conselhos - mero cumprimento de tarefas, 2º escalão, sem poder de decisão;
  • Desarticulação entre as políticas públicas - multiplicidade de conselhos tem reproduzido a lógica de setorização e fragmentação do Estado e das Políticas Públicas;
  • falta de clareza sobre o sentido das Conferências.
Apresentou algumas proposta para superação dos entraves, a seguir transcritas:
  • ampliação da Participação Popular nos Conselhos e nas Conferências, não por segmentos;
  • metodologia e papel claro das Conferências;
  • articulação entre Conselhos;
  • formação permanente para os representantes dos Conselhos;
  • Participação Popular no processo de escolha dos Conselheiros da Sociedade Civil;
  • Critérios claros e representantes com poder de decisão dos Conselheiros do Governo;
  • Diagnóstico para fundamentar as decisões dos Conselhos e possibilitar a visualização do Controle.
Fonte: apresentação de Givanildo M. da Silva, ocorrida em Março de 2008.

O que você acha das colocações do Givanildo? Elas refletem a realidade em seu Município? Qual o seu papel como cidadão ou gestor?

Um comentário:

  1. É preciso conhecer os observatórios sociais, e aí tudo pode ficar mais claro.
    Sir
    http://www.observatoriosocialdobrasil.org.br/

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