7 de jan. de 2011

Movimentos

É fato que os movimentos sociais brasileiros adotaram, nos anos 80, uma visão anti-institucional, negando todas instâncias políticas clássicas, por desconfiança. Mas passados dez anos, esta visão foi se alterando.
Vários movimentos sociais negociaram novos dispositivos na Constituição Federal de 1988 e, em seguida, espalharam pelo país novos mecanismos de gestão, com ampla participação social. Hoje, temos 30 mil conselhos de gestão pública espalhados pelo país, envolvendo áreas diversas como educação, direitos de crianças e adolescentes, assistência social, gestão de recursos hídricos, gestão ambiental, desenvolvimento rural e tantos outros.
As principais elaborações de aperfeiçoamento democrático nascem, hoje, em fóruns e redes que articulam diversas entidades e movimentos sociais.
A cultura política brasileira não é absolutamente democrática. É aqui que, sorrateiramente, a prática dos movimentos sociais converge para aquela dos que defendem a tal agenda de reformas. Tanto uns, quanto outros são ambivalentes, meio autoritários, meio democráticos, meio particularistas, meio públicos.
Fonte: artigo Os “Democratas” de Rudá Ricci, publicado na Folha em 2008.

Como você lida com os movimentos populares na sua cidade? Sabe como eles se caracterizam e qual o perfil das lideranças?

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